Cibersegurança na Saúde: protegendo Vidas e Dados Sensíveis

A crescente dependência dos sistemas de TI na área da Saúde deu origem a desafios únicos de cibersegurança. Armindo Dias e David Grave falam dos principais riscos que as organizações de Healthcare enfrentam e exploram as formas de os mitigar.

Healthcare - Cybersecurity

As organizações ligadas ao setor da Saúde devem reforçar cada vez mais os seus investimentos em ferramentas de monitorização contínua dos seus sistemas de TI e de deteção avançada de ameaças, como forma de proteger a informação e os pacientes dos riscos crescentes de cibersegurança.

Num artigo de opinião publicado na revista da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), os especialistas da Claranet Armindo Dias, Public Sector Director, e David Grave, Security Director, defenderam esses investimentos num contexto dominado por ambientes hospitalares cada vez mais complexos, com inúmeros dispositivos médicos ligados a sistemas de informação e necessidade de ter acesso rápido e permanente a informações clínicas, muitas vezes sensíveis.

Tudo isto, nas palavras destes especialistas, tornou a disponibilidade dos sistemas de TI “num fator crítico e a gestão de riscos ainda mais desafiadora, dando origem a vários tipos de incidentes alarmantes”, ocorridos nos últimos anos com organizações associadas ao setor da Saúde, em Portugal e no mundo:

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  • Ataques de Ransomware em Hospitais que interromperam o atendimento aos pacientes, afetando diretamente a vida das pessoas;
  • Fuga de Dados de Pacientes, que afetaram registos médicos sensíveis e informações pessoais de pacientes;
  • Ataques a Dispositivos Médicos, que se tornaram em alvos de ciberataques e numa ameaça direta à saúde dos pacientes.

Além da tecnologia, Armindo Dias e David Grave consideram que “também a formação e consciencialização dos colaboradores [de todas as organizações que atuam no setor da Saúde] têm um papel importante na proteção dos sistemas”.

O primeiro passo, defendem, deverá tornar claras as implicações que a falta de cibersegurança pode ter para os pacientes e para as instituições de saúde - interrupções operacionais, comprometimento de dados, danos reputacionais e custos financeiros elevados associados à recuperação de um incidente de cibersegurança.

Ao investirem em sistemas de monitorização contínua e deteção de ameaças, as organizações ligadas ao setor da Saúde poderão ter uma postura proativa em relação à cibersegurança e assegurar a integridade dos sistemas de TI usados na monitorização e no tratamento dos pacientes.
Esta postura, preventiva e proativa, traduz-se numa redução de custos para as instituições, face a um cenário de recuperação de dados perdidos e/ou reparação de sistemas comprometidos.

Para isso, é importante encarar esse investimento como uma oportunidade para melhorar a qualidade dos cuidados de saúde e proteger os interesses dos pacientes e das instituições.

“Mais do que uma responsabilidade, é tempo de encarar esse investimento como uma prioridade essencial” – concluem os dois especialistas.

in Revista da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares

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Written by Armindo Dias - Public Sector Sales Director

Armindo Dias está, desde 1990, ligado às Tecnologias de Informação a nível profissional, com passagem por várias organizações nacionais e multinacionais, ligadas à automação comercial e à banca. Nas últimas duas décadas, dedicou a sua atividade exclusivamente à área comercial das TI associadas ao mercado do Setor Público.

Written by David Grave - Security Director

Com mais de 15 anos de experiência nas áreas de engenharia de TI, segurança e compliance, David Grave tem pautado o seu trabalho pela participação em projetos na área da Cibersegurança, que ajudam a gerir, reduzir e mitigar os riscos nas organizações.

O seu percurso profissional inclui trabalhos em Testes de Penetração, coordenação de equipas de Crise, Critical Security Controls, Auditoria e Implementação de Roadmaps, Digital Forensics and Incident Response (DFIR), bem como Simulação de ataques de Phishing e de Engenharia Social.

Além de um Certificado em Data Protection Officer (DPO), David apresenta certificações e qualificações profissionais em Hacking de Infraestruturas, Web Hacking e Análise Forense.